sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Afinal, o que significa espécie ?

O conceito de espécie tem vindo a evoluir, desde o séc. XVII, na qual a espécie era considerada como sendo um conjunto de indivíduos idênticos entre si e que dão origem, através da reprodução, a novos indivíduos semelhantes a eles próprios., e no sécu XVIII, século de Lineu, para quem uma espécie se trata de um conjunto de indivíduos que possui características mofológicas idênticas.
No entanto, o conceito de Lineu apresenta várias limitações, na medida em que espécies diferentes podem apresentar-se semelhantes, e indivíduos da mesma espécies podem apresentar-se diferentes - polimorfismo. É de salientar a importância da metamorfose, que faz com que indivíduos que possuam ceratas características morfológicas numa fase da vida não as apresentem noutra.
No século XIX, após o surgir das ideias evolucionistas, é sugerido um novo conceito de espécie por Mayr, onde já são incluídos conceitos de genética. A espécie seria então uma população ou grupo de populações naturais cujos indivíduos têm capacidade de se cruzar entre si, originando descendentes férteis e estando isolados reprodutivamente de outros grupos da Natureza. No entanto, para fazer frente a este conceito, comprovou-se que na Natureza, em certos casos, indivíduos de espécies diferentes se cruzam dando origem a descendentes estéreis. Assim, também o conceito de Mayr não estava totalmente correcto pois, além de ser inadequado para espécies extintas, ou aquelas presentes no fósseis, não pode ser aplicada a indivíduos que se reproduzam assexuadamente, nem a populações isoladas ou fora do seu ambiente natural.
Hoje em dia os conceitos de espécies já envolvem critérios bioquímicos e comportamentais. Pode assim concluir-se que não existe um único conceito de espécie, visto ser um conceito multidimensiona, pois varia conforme os organismos considerados. No entanto, para os indivíduos que se reproduzam sexuadamente utiliza-se o conceito biológico segundo o qual espécie trata-se de um conjunto de uma ou mais populações que partilham o mesmo fundo genético e se podem cruzar em condições naturais, produzindo descendents férteis, e estando isolados reprodutivamente dos indivíduos de outras espécies.
Para que haja o aparecimento de novas espécies é necessário que haja isolamento reprodutivo entre populações.

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